quarta-feira, 11 de março de 2015

Novos aplicativos de educação estão mudando os métodos de aprendizado

Um novo conceito está ganhando força nos smartphones e nos tablets: é o M-Learning e os aplicativos educativos. O aviso no celular até alerta o usuário com um “Vai estudar, Felipe!”. “É que nem mãe. Pior até, porque fica apitando”, confessa o estudante Felipe Diniz Santana.
O aviso é de um aplicativo de educação. Fazia três anos que Felipe se preparava para um concurso público do jeito mais "analógico": com livros e apostilas. No ano passado, usou também o aplicativo e passou no exame. “O que eu acho bacana é a forma que eles têm os simulados. Eles te avisam dos concursos que vai ter, dos cargos e salário”, explica Felipe.
Em uma faculdade em São Paulo, tudo o que o professor passa nos slides vai direto para o aplicativo. Dessa forma, quem precisa faltar não perde tanto. “Eu posto exercícios para esses alunos. Então, eles podem fazer exercícios de onde eles estiverem. Corrijo, dou um feedback para eles e facilita muito”, conta Arnaldo Borges, professor de marketing da FAAP (Fundação Armando Álvares Penteado).
Para os alunos, não tem mais desculpas para não estudar. “No ambiente de trabalho, eu preciso acessar algum conteúdo do professor para fazer algum trabalho. No momento livre, eu acabo utilizando”, diz Anderson Santos Gusmão, aluno de pós-graduação.
Essa nova ferramenta de estudo tem nome: M-Learning. M de “mobile”, “móvel” e “Learning”, de aprender.
O perfil de quem usa o celular para estudar é bem diferente daquele de quem usa a internet no computador. Normalmente quem baixa o aplicativo tem pouco tempo em casa, e aproveita qualquer minutinho pra dar uma olhada no conteúdo. Pode ser, por exemplo, enquanto espera o ônibus no ponto, dentro do metrô, do táxi, ou, até mesmo, na fila do supermercado, da padaria e em qualquer lugar.
Uma empresa de tecnologia aposta nessa tendência. Já criou 19 aplicativos educativos, sendo uma parte de graça e outra paga. Em um ano e meio, foram mais de um milhão de downloads. Nos aplicativos desenvolvidos, as video-aulas são de três a cinco minutos. Também tem exercícios e textos que preparam para concursos públicos, vestibular e Enem.
Joaquim Neto, gerente de projetos da Movile, diz que a ideia é ajudar, não substituir o jeito tradicional de aprender. “Eu tenho professores top de linha que vão complementar as aulas, o que esses alunos já estão aprendendo hoje em seus cursinhos no que aprendem em casa”, afirma o gerente de projetos.